sábado, 18 de outubro de 2008

Poesia popular


Divagando pela noite dentro, empurrado pela insónia e andando ao acaso pela "blogosfera", tropeçando aqui e acolá, caindo uma vez ou outra, mas instantaneamente me levantando, acabei por dar de caras com um dos milhentos Blogs que existem por essa internet a dentro.

Trata-se de um veterano destas andanças, que curiosamente fui explorando... Encontrei umas coisas mais interessantes e outras naturalmente com menos interesse. Mas de tudo o que vi, houve algo que me despertou de vez e fez com que sozinho no silencio da noite me risse a bandeiras despregadas, felizmente que não estava mais ninguém em casa ou certamente que todos acordariam julgando-me de vez no reino da insanidade, ri-me porque de certa maneira revejo o nosso Zé Povinho naquelas rimas ali publicadas.

Vamos pois publicar os versos em questão, mas não sem fazer o possível para identificar o seu autor e lhe atribuir todo o mérito e crédito pela obra poético-popular que está identificada como sua. Apresentamos o autor tal como ele é apresentado no Blog de onde retiramos a obra em causa, pelo administrador do dito.

Note-se que este texto foi escrito há já uma série de anos, mas apesar disso a sua actualidade é impressionante.

O autor dá pelo nome de "Chico Horta", ao que parece originário do concelho de Castro Verde, distrito de Beja e num momento de alta inspiração produziu a obra que apresentamos neste "Post" , e que com este Cagando P’ra Toda a Gente, reflecte muito do que uma grande parte dos portugueses sentem no presente momento.


Cagando P’ra Toda a Gente

Cagando pr'o PPD
Cagando pr'o CDS
Eu caguei pr'o PCP
E também caguei para o PS

Eu caguei pr'o Balsemão
Pr'o Freitas do Amaral
Eu caguei para o Cunhal
E o Bochechas fecha a mão
Vai o maior cagalhão
Que em toda a vida caguei
E também caguei pr'o rei
O senhor Ribeiro Teles
Cago pr'a todos eles
Cagando pr'o PPD

Eu caguei pr'o presidente
Caguei pr'as Forças Armadas
Eu faço as minhas cagadas
Cagando pr'a toda a gente
E quem não estiver contente
Ainda mais me merda merece
Porque eu nunca me esquece
Lá debaixo do sobreiro
Caguei pr'o senhor Saleiro
Cagando pr'o CDS

Eu caguei para o ministro
Cá da nossa agricultura
Cago sempre com fartura
Porque eu no cagar estou bem visto
E ainda correm o risco
D'eu cagar pr'a quem não sei
Cago pr'a quem fez a lei
Que me proibiu de cagar
Mandando o cinto apertar
Eu caguei pr'o PCP

Caguei pr'a democracia
Caguei pr'o socialismo
Caguei pr'o comunismo
E caguei para a monarquia
E mais cagar já não podia
Mesmo que eu cagar quisesse
O muito cagar aquece
As bordas de um cu bendito
Que cagou cozido e frito
E caguei para o PS

Porque eu caguei a bem cagar
Como há muito não cagava
E não pude cagar pr'a mais
Porque a merda não chegava


4 comentários:

Anónimo disse...

É caso para dizer mas que conversa de MERDA! Nunca tinha visto tanta merda e cagada junta! Até cheira mal! Pu dêbe!

jana disse...

Meu caro amigo “op”, é com agrado que lhe dirijo pela primeira vez e com surpresa por ver assim expostos desta forma os problemas e actividades da nossa pequena mas grande vila. Venho ainda prestar o meu apoio e tentar, dentro do meu tempo disponível, manifestar o meu singelo parecer perante os assuntos por aqui debatidos.

Agora no bom português: mas que grande caganeira essa, muito antigo e muito actual de facto!

lembranças a todos e que não desistam, é má língua mas é verdade...

Anónimo disse...

CDO entou com o pé dieirto na abertura da 2.ªdivisão distrital contra o infante de sagres. Parabéns certamente vamos subir de divisão

Anónimo disse...

Que ganda caganeira
vou ja comer uma pratada de fejao para ajudar o homem a cagar para essa cambada toda