Piscinas Municipais

Nos finais do ano passado visitei as piscinas municipais com a intencao de utilizar as instalacoes, a minha experiencia foi negativa, como maior parte dos servicos publicos prestados no nosso concelho, que responsabilizo por maior parte dos meus cabelos brancos!
Vou mencionar alguns factos que me levaram a avaliar a minha experiencia nas piscinas com nota negativa, e questionar a quem saiba responder algumas duvidas que permanecem, porque como devem imaginar nunca mais la voltei.

O acesso foi-me negado a mim e a minha esposa, ela porque nao estava equipada com um fato de banho de competicao. Eu porque nao estava equipado com calcoes de licra! Esta informacao foi-me dada depois do pagamento da cota, ja junto aos tanques por uma funcionaria muito simpatica, e pelo salva-vidas, tambem este muito prestavel!
Confuso com tais normas, coloquei algumas questoes, em relacao a estas restricoes, as quais as respostas foram muito tremidas e duvidosas, como: Razoes de higiene e sao piscinas de competicao!

Depois de obter estas respostas por parte do funcionario e salva-vidas, mais confuso fiquei, e passo a explicar a minha frustracao: higiene num tanque de agua artificial (piscina) passa por passar por agua corrente antes e depois de entrar no tanque, gorro para cabelos longos, nao fazer chichi ou coco dentro do tanque, tambem nao se deve comer dentro de agua, se evitarmos as mucoses que nos saiem por exemplo do nariz, ajuda. Ao perguntar ao salva-vidas (um bom amigo meu), se na eventualidade de um salvamento, ele teria que despir os seu calcoes vermelhos e colocar uns de licra, ou se ele tinha os de licra por baixo dos calcoes vermelhos!? Ele, sem culpa nehuma, ficou mais confuso do que eu!!! O que e que um fato de banho de licra tem haver com higiene!? Sim, este tipo de equipamento e utilizado por desportistas de competicao, mas somente por razoes de aerodinamica!

Em relacao a classificarem estes tanques como de "competicao", lamento dizer-vos mas o mais certo e que os Lacobrigenses jamais vao assistir a provas de alta competicao neste tanque porque este nao respeita as medidas olimpicas. Evidentemente que podera ser usado para competir, mas, competicoes de baixo nivel e de escaloes nao Pro's. Ou sera que estou errado, por favor corrijam-me se estiver errado!

Como esta a comecar uma nova epoca balnear, talvez considere voltar, ainda que nao concorde com certas regras (exclusive, made in Lagos by Smarty Pants).
Enfim, so mais duas questoes, porque sei que alguem e capaz de saber mais do que eu nesta materia:

1. Ja estao os colaboradores destas instalacoes melhor informados para que possam prestar ainda mais e melhor informacao aos utilizadores?

2. Ja existe alguma lojinha de conviniencia onde se possam adquirir os mais diversos equipamentos, productos, e outros relacionados com os varios desportos que podem ser praticados nestas instalacoes?

Regresso agora anunciado

ESTAMOS DE VOLTA...

Poluição em Odiáxere

Muitos dos Odiaxerenses não saberão mas existe poluição em grande escala em Odiáxere. Com mais de uma década de existência, a piscicultura, mais conhecida como criação de peixes em viveiro, no Vale da Lama, é um negócio muito lucrativo e em grande expansão. Basta ver pelos tanques de criação de peixe para ter uma ideia das toneladas de peixe que ali são produzidas.
No entanto, como consequência desta actividade, o nosso Vale da Lama, ria de Alvor, tem vindo a se degradar a passos largos. Desde o ano 2000, com o acréscimo exponencial da produção desta piscicultura que a ria tem vindo a ser poluída tendo um impacto muitíssimo negativo no habitat natural da ria e pondo em risco a existência da sua fauna e flora.
Na causa desta poluição estão produtos como o Sulfato de Cobre (algicida) e Permanganato de Potássio (oxidante) que são usados na limpeza e desinfecção dos tanques logo depois de uma criação de peixes. Como o tempo é dinheiro, são usados estes produtos que garantem essa tarefa em muito menos tempo e como consequência disso mesmo, ao libertar a água existente nesses tanques para a ria a matança é total. Há também um risco de saúde pública que isso pode causar tendo em conta que muito marisco, principalmente bivalves, são ali apanhados. Os viveiristas da ria de Alvor, a paredes-meias com a piscicultura também há muito que são lesados com toda esta poluição. Todos os anos morrem toneladas de amêijoas só nos viveiros de bivalves.
Um dos inconformados e lesados com esta mortandade é Vítor Moreira que tem apontado o problema às autoridades sem qualquer resposta. Muitos outros viveiristas como Gilberto Fernandes continuam a sua luta, mostrando a sua indignação e revolta, sem resultados práticos.
Pois a verdade é uma só. O que acontece é que a empresa exploradora Aqualvor, Lda., conhece bem os meandros desta actividade e tem saído impune. Já aconteceram várias fiscalizações e já foram feitas análises à água que não deram em nada. Como que por magia, quando há uma fiscalização, os bidões de sulfato de cobre desaparecem! Porque será?! Terá sido a Aqualvor avisado por alguém antes da fiscalização?
Pois uma coisa é certa, se tudo continuar como está, daqui a uns anos não teremos a nossa ria como uma das menos poluídas e humanizadas de Portugal. Esperemos que as autoridades competentes, a Direcção-Geral das Pescas e o Instituto de Investigação das Pescas e do Mar (Ipimar), façam o seu trabalho e que solucionem este crime ambiental de uma vez por todas. Continuaremos alerta.