Há falta de civismo em Odiáxere

Infelizmente não é só em Odiáxere que a Falta de Civismo cresce a olhos vistos. Parece tratar-se de uma doença altamente contagiosa, sem antidotos conhecidos. Não é só na nossa terra, mas, o facto de também ser cá é que nos preocupa mais...

Acredito que a maior parte de nós, em meninos, sempre ouviu os conselhos dados pelas nossas mães, principalmente por elas, tais como mentir é feio, não se joga lixo para o chão, não se deve fazer mal aos meninos, devemos emprestar os nossos brinquedos e por aí fora... Lições que aprendendo em crianças deveríamos ter tido a capacidade de não esquecer e vir a aplicar mais tarde e no decorrer de toda a nossa vida.

Mas parece-me que as coisas não acontecem exactamente dessa maneira. A falta de respeito pelos outros cada vez tem maior dimensão e sente-se tanto entre os adultos como entre os mais novos.

Veja-se algumas situações que ocorrem em todo o lado, mas também na nossa vila.

As pessoas estacionam os carros em todo o lado, mesmo em frente da porta de entrada da casa daquela velhota que sempre lá viveu, com a presença do carro quase dentro da sala como pode ela entrar no seu lar?

Ou então em cima dos passeios, impedindo a passagem daquela senhora com o seu carrinho de bébé, que tem que passar pelo alcatrão onde só os carros deveriam circular.

A mãe que vai com os filhos ao Parque Infantil para que as crianças possam brincar e se divertir, leva um lanchinho para eles tomarem mais à tardinha, eles comem e deitam os guardanapos e os pacotes do sumo para o chão e a mãe vê sem reagir, pois ela também lá deixa a revista que leu e já não quer.

O Homem que vai aos sanitários publicos, faz as suas necessidades e não puxa o autoclismo, quem vier a seguir que se desenrasque.

O comerciante que leva as caixas e vasilhame sem retorno para a Ilha Ecológica e lá coloca tudo ao lado sem tão pouco se preocupar.

A pastilha que já não tem sabor e que é atirada pela janela do carro em andamento.

As senhoras que chegam ao café e insistem em fazer o seu pedido sem respeitar os que tinham chegado primeiro e por isso devendo ser atendidos antes delas.

O casal jovem que vai à Caixa agricola e que se senta enquanto espera pela sua vez, que vê chegar o pobre idoso de bengala e não reage, cedendo-lhe o lugar.

O caozinho que é levado a passear, para longe da nossa porta, pois não pode fazer lá as necessidades, mas se for à porta de outros já não há problema.

O acelera que passa pela rua onde estão adultos e crianças e se julga o Fitipaldi sem ter noção do perigo que está a criar.

A Oficina que utiliza toda a rua para colocar os carros avariados ou não, não deixando espaço para que os outros estacionem, nem tão pouco por lá passem.

A mesa no Clube Desportivo onde se escreve o nome com uma chave a raspar a tinta do metal, mas não há problema, porque não é nossa, eles que pintem ou comprem outra.

O automobilista que arranca e apita, pois já caiu o sinal verde e a senhora com as muletas leva mais tempo a atravessar a passadeira.

Será que nada disto poderá mudar?

Será assim tão dificil?