quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Concelho de Lagos e a carga fiscal

PORTIMÃO E VILA DO BISPO DECIDEM APOIAR AS FAMÍLIAS E ECONOMIA DOS RESPECTIVOS CONCELHOS

A Câmara Municipal de Portimão, conjuntamente com a Câmara Municipal da Vila do Bispo vão seguir o exemplo das suas congéneres de Alcoutim e Castro Marim, no que respeita ao IRS, ou seja, vão abdicar dos 5% a que têm direito por lei, do Imposto de Rendimento das Pessoas Singulares.


Da totalidade do IRS que todos nós pagamos, existe uma parte, equivalente a 5% que é transferida para as autarquias, conforme a residência de cada um dos contribuintes. É dessa verba que as referidas autarquias estão a abdicar, o que no Caso de Portimão , deve ascender a mais de 2 milhões de Euros. Essas medidas são justificadas como forma de apoiar as famílias e a economia local neste tempos de crise.


Esta proposta será apresentada pelo edil Portimonense na próxima reunião de Vereação a ter lugar no inicio da primeira quinzena de Novembro e determinará a devolução aos contribuintes Portimonenses dos 5% de IRS retidos na fonte durante o ano de 2008.


Para além disso a Câmara de Portimão irá também baixar o IMI (Imposto Municipal sobre os Imóveis) no que respeita aos prédios antigos de 0,8% para 0,65% e de 0,5% para 0,35% no que respeita aos prédios novos.


A Autarquia Portimonense vai ainda beneficiar os jovens entre os 18 anos e os 35 anos que comprem casa própria para habitação permanente até ao valor de 150.000,00 Euros com a isenção do IMT (a antiga Sisa).


Na Vila do Bispo já foi aprovada em reunião de Câmara, na semana passada, a decisão de prescindir dos 5% do IRS e vão ainda baixar significativamente o IMI.

E LAGOS???

- E no que respeita à crise no concelho de Lagos?

- Que medidas estão a ser tomadas pelo Executivo Camarário para auxilio aos Munícipes nestes tempos de crise que vivemos e que tudo leva a crer só poderão piorar?

- Ou será que todo o Portugal vive uma crise que se torna mais profunda em cada dia que passa, mas Lagos é a excepção, não estando os Lacobrigenses a sentir qualquer efeito dos maus tempos que todo o país vive?

- Se a devolução dos 5% do IRS aos munícipes de Portimão equivale a cerca de 2 milhões de Euros, será que o milhão de Euros investidos pela Câmara Municipal de Lagos na curva do Autódromo não seriam muito melhor utilizados para seguir o exemplo do concelho vizinho?
Lagos é o segundo concelho do país em termos de carga fiscal.
Ou seja, entre os mais de 300 concelhos de Portugal só existe um onde se pagam mais impostos do que no concelho de Lagos.
A média nacional de impostos cobrados pelos municípios equivale a pouco mais de 25% do que se paga em Lagos. Por cada 100,00 Euros que nós pagamos nos diversos impostos que revertem para os cofres da Câmara, a média dos residentes noutros municípios de Portugal só tem que pagar 25,80 Euros.
É este o municipio que temos.
São estes os lideres que elegemos.
Mas será isto que merecemos???

5 comentários:

Anónimo disse...

Realmente é lamentavel ver que o Dr. Julio Barroso se está simplesmente a marimbar para todos os que nele votaram. E digo os que votaram nele porque me toca a mim. Votei e estou arrependido, pena que não veja grandes alternativas para o derrotar nas próximas, mas era muito importante que isso acontece-se.Aqui em Lagos só vale é as festas e os foguetórios, só malabarismos para ingles ver, porque sobre o que realmente interessa não se faz nada. É inacreditavel que a gente tenha os impostos municipais mais altos do que os outros concelhos.
À direita, o PSD, já propos uma redução, à esquerda a CDU, também o fez, mas o homem não liga a nada nem a ninguem ele é que sabe e as pessoas de Lagos que apertem o cinto para ele gastar um milhao nos outros concelhos e depois ir para lá com os lambe botas beber champanhe armado em importante.

Anónimo disse...

Realmente é lamentável ver que há quem não saiba das coisas ao pormenor e venha para aqui fazer juizos de valor apenas do que vê e ouve.

Anónimo disse...

Para o anónimo anterior:
Com quem então é lamentavel?
Acha o Senhor que está errado que se fale sobre o que se ouve e sobre o que se vê? É que não se trata só de boatos que porventura circulem e que cheguem aos nossos ouvidos, mas também se trata daquilo que todos nós podemos ver.
Se não se fala sobre o que se ouve ou se vê, então falamos sobre o quê?
E quais serão os pormenores que o Senhor sabe, mas que pelos vistos as outraspessoas em geral desconhecem?
Só podemos fazer juizos de valor do que sabemos ou conhecemos, se não partilhar essas coisas que o Senhor sabe ao pormenor, como poderemos pensar de outra maneira ou fazer outros juizos de valor?
Não me parece correcto que se concorde com tudo só porque os governantes têm a nossa côr, mesmo quando se tratam de barbaridades e injustiças.
Só para que conste, a cor de rosa também é a minha cor, mas não tenho os olhos tapados.

Anónimo disse...

Boa tarde.
Para o anónimo de 5 de Novembro de 2008 16:00
Não vale a pena responder a esse tipo de comentários...não vale mesmo. Se essa pessoa acha que sabe tudo ao pormenor, então deixe que ela seja ignorante e que continue sempre a sê-lo.
Realmente é lamentável não haverem pessoas como você e eu, por exemplo, que discutam os problemas da nossa realidade e funcionalidade das questões.
Se o outro anónimo acha que fica no poderio da sabedoria, ao mencionar a palavra "pormenores", então faça ele o favor de os indicar..para que possamos então alterar ou não, a nossa opinião acerca do tema.
Obrigado
ass:Moradordavila

Unknown disse...

É inacreditavel o que aqui se passa. Desde sábios a "sabe-tudos" tudo se encontra por cá. É uma verdadeira montra da fauna local.
Já cá entrei muitas vezes mas é a primeira vez que me manifesto. E quero dizer que não percebo como assuntos realmente importantes tais como o pdm, a mudança do transito, obras anunciadas, etc não causam nenhum tipo de fricção, nem inflamam os participantes, mas por outro lado, parvoíces como a eleiçáo do mais ou menos simpatico e outras tais, aí sim já toda a gente manda bitaite.
Este assunto dos impostos municipais é sério de mais para ser encarado com leviandade. Há que manifestar a opinião e mais que isso há que exigir uma explicação a quem de direito. E se alguem sabe explicações reais para justificar o facto desta Cãmara de Lagos nada fazer pelo povo, nomeadamente quando todos os outros concelhos tomam medidas em bebficio dos seus, se alguem sabe explicar, então que explique.