Afinal qual é a maior preocupação de Sócrates?

Estamos a passar por um momento de aflição geral e globalizada, vivemos uma crise sem precedentes. Todos os dias se ouvem noticias de empresas a fechar, de outras a despedirem centenas ou milhares de funcionários e outras ainda em situação de falência técnica ou insolvência.

Já não são só as pequenas e médias empresas, até porque essas em geral não dão origem a cabeçalhos de jornais, nem a noticias com reportagem na televisão, nem tão pouco são os grandes grupos internacionais que decidem mudar as suas fábricas para o terceiro mundo, onde a mão de obra é mais barata.

Agora são as empresas de referência que são noticia, como foi o recente caso do grupo Amorim e da Teixeira Duarte.

A crise é mais acentuada e grave em cada dia que passa!!!

E todos nós a estamos a sentir na pele.

Esperamos que os Estados Unidos recuperem com o Plano que o novo inquilino da Casa Branca tem para combater a crise que o gigante americano também está a viver, para que depois possamos ir atrás, porque por cá não se vêem quaisquer medidas ou tão pouco grandes preocupações por parte do nosso Governo de maioria.

A prova disso mesmo foi o discurso de 45 minutos que José Sócrates fez anteontem na Guarda, no qual não referiu uma única vez a situação de crise que o país vive, tendo mencionado repetidamente o assunto da regionalização, a equidade fiscal e a escolaridade obrigatória. No dia de ontem em Coimbra teve a mesma postura e para além disso ainda teve tempo e oportunidade para recomendar aos presentes que fossem assistir ao filme "Milk", que é uma biografia de um dos primeiros políticos assumidamente gay, o americano Harvey Milk.

O que será que ele nos quer dizer com isto?

As palavras do nosso Chefe de Governo "Não nenhum orgulho na forma como a sociedade discriminava os homossexuais há décadas" serviram para justificar a necessidade de incluir na agenda politica o casamento entre as pessoas do mesmo sexo - Essa discriminação, segundo nós já não existe, pois nós até já elegemos, tal como os americanos gays para elevados cargos públicos, a diferença fundamental é que os nossos ainda não se assumem publicamente na maioria dos casos.

Penso que os presentes aquando deste seu discurso lhe deram a resposta que é a posição da esmagadora maioria dos portugueses no momento actual, ou seja num discurso onde cada vez que mencionava qualquer outro assunto os presentes ficavam eufóricos, batiam palmas sonoras e gritavam palavras de ordem após cada frase do líder, excepto quando mencionou este assunto que causou uma reacção apática nos presentes quase não se ouvindo aplausos. E estava entre os seus pares, imagine-se como seria se assim não fosse...

Pela nossa parte achamos que a população gay tem todo o direito de viver como e com quem quiser, achamos até que devem ter os mesmos direitos e deveres que os casais heterossexuais.

Mas honestamente, neste momento em que os Portugueses e os Ingleses, para não falar do mundo em termos gerais, pensam e acusam o Homem de corrupção ou pelo menos existem suspeitas que terão que ser esclarecidas, num momento onde existem cada vez mais portugueses a passar necessidades, os números do desemprego são deveras alarmantes e em crescendo, e tudo o resto que contribui para que se possa classificar este momento que vivemos como o pior das ultimas décadas e o homem lembra-se de insistir nisto...

Se eu fosse a Fernanda Câncio ficaria muito desconfiada, mas muito mesmo!!!